Blog de divulgação das atividades da Biblioteca Escolar.
quarta-feira, 29 de junho de 2011
segunda-feira, 27 de junho de 2011
domingo, 26 de junho de 2011
sexta-feira, 24 de junho de 2011
Poema do alegre desespero
Compreende-se que lá para o ano três mil e tal
ninguém se lembre de certo Fernão barbudo
que plantava couves em Oliveira do Hospital,
ou da minha virtuosa tia-avó Maria das Dores
que tirou um retrato toda vestida de veludo
sentada num canapé junto de um vaso com flores.
Compreende-se.
E até mesmo que já ninguém se lembre que houve três impérios no Egipto
(o Alto Império, o Médio Império e o Baixo Império)
com muitos faraós, todos a caminharem de lado e a fazerem tudo de perfil,
e o Estrabão, o Artaxerpes, e o Xenofonte, e o Heraclito,
e o desfiladeiro das Termópilas, e a mulher do Péricles, e a retirada dos dez mil,
e os reis de barbas encaracoladas que eram senhores de muitas terras,
que conquistavam o Lácio e perdiam o Épiro, e conquistavam o Épiro e perdiam o Lácio,
e passavam a vida inteira a fazer guerras,
e quando batiam com o pé no chão faziam tremer todo o palácio,
e o resto tudo por aí fora,
e a Guerra dos Cem Anos,
e a Invencível Armada,
e as campanhas de Napoleão,
e a bomba de hidrogénio.
Compreende-se.
Mais império menos império,
mais faraó menos faraó,
será tudo um vastíssimo cemitério,
cacos, cinzas e pó.
Compreende-se.
Lá para o ano três mil e tal.
E o nosso sofrimento para que serviu afinal?
António Gedeão
quarta-feira, 22 de junho de 2011
terça-feira, 21 de junho de 2011
Piratas do Caribe 4 - Trailer Oficial
Eis mais uma sugestão cinéfila, desta vez dirigida aos mais jovens. Sem esquecer que os mais "maduros" poderão, também aprecia-la. Desta vez, é um filme de aventura,
Piratas das Caraíbas por Estranhas Marés, o mais recente episódio desta saga
Piratas das Caraíbas por Estranhas Marés, o mais recente episódio desta saga
segunda-feira, 20 de junho de 2011
sábado, 18 de junho de 2011
sexta-feira, 17 de junho de 2011
quinta-feira, 16 de junho de 2011
Os animais e os livros
Se observarmos atentamente as imagens, podemos depreender que se calhar os animais também apreciam as bibliotecas e os livros. Vejamos os exemplos e divirtam-se:
Temos um macaco que se oferece para para alcançar os livros no cimo das estantes .
Aqui está um gato culto que não dispensa a leitura, nas suas horas de lazer!
Por último, um cão que se revela um assíduo utilizador de bibliotecas!
Por último, um cão que se revela um assíduo utilizador de bibliotecas!
quarta-feira, 15 de junho de 2011
terça-feira, 14 de junho de 2011
Guia de Facebook para jovens
Está disponível, no nosso centro de recursos, o “Guia de Facebook para jovens“. Neste documento, os mais jovens, podem encontrar alguns conselhos para utilizarem as redes sociais com mais segurança.
O projecto pode disponibilizar exemplares impressos para as escolas que pretendam realizar actividades neste domínio junto dos seus alunos. Os pedidos devem ser feitos para o nosso endereço de correio electrónico, indicando o número de participantes no evento.
Descarregar a versão electrónica do folheto
O projecto pode disponibilizar exemplares impressos para as escolas que pretendam realizar actividades neste domínio junto dos seus alunos. Os pedidos devem ser feitos para o nosso endereço de correio electrónico, indicando o número de participantes no evento.
Descarregar a versão electrónica do folheto
Vantagens e desvantagens dos e-books
Os e-books têm sido muito divulgados, principalmente nos Estados Unidos e Inglaterra, contudo as suas potencialidades ainda são desconhecidas pela maioria da população mundial.
Aqui ficam registadas algumas vantagens:
Facilidade para realizar o download dos e-books através da internet;
Um e-book pode ser lido com pouca luz, ou mesmo na escuridão. Muitos dos leitores de novas gerações já podem apresentar movimento, aumentar e diminuir a fonte da letra, efectuar buscas por palavras-chave, permitir anotações, etc :
A portabilidade e o armazenamento são óptimos, pois é possível transportar uma série; de livros num único dispositivo, ou seja, a nossa biblioteca caberá no bolso;
A edição, divulgação e acesso aos livros digitais atinge uma esfera muito maior; Podem estar múltiplos utilizadores em simultâneo a consultar e a manipular a mesma obra; A pesquisa de termos ou palavras é mais rápida e eficaz, através dos métodos de busca dos dispositivos;
Permitem a utilização de hiperligações para sites externos e consultas a materiais;
Desvantagens :
O processo de leitura é mais lento e cansativo.
Não permitem que sejam realizadas anotações manuais;
Quantidade reduzida de exemplares em determinadas áreas do saber;
O preço dos dispositivos é elevado, não sendo acessíveis a grande parte da população mundial. Tem também a questão da dificuldade de uso, pois muitas pessoas têm sérios problemas ao lidar com dispositivos electrónicos;
Crescente prática de crime contra os direitos de autor, pois estando os livros em formato digital torna-se fácil copiá-los. Ao invés de receber direitos autorais pelas obras vendidas, o autor veria a reprodução e disseminação de suas obras pela Internet, sem receber nada por isso.
segunda-feira, 13 de junho de 2011
sexta-feira, 10 de junho de 2011
quinta-feira, 9 de junho de 2011
A vida secreta dos livros
A verdadeira razão que leva os livros a nunca estarem no mesmo sítio. Ver vídeo:
quarta-feira, 8 de junho de 2011
O Sobrevivente
Para velhos e novos
- de todos os povos -
ele é um gigante,
um bicho possante.
É grande e pesado,
mas é civilizado;
é um ser pacato:
não faz desacato.
Segue com a manada,
percorre a savana;
não lhe escapa nada
da vida africana.
Um banho de lama
ao entardecer,
antes de ir para a cama
e adormecer...
Sonha horas a fio,
sonha com um rio
de água transparente,
limpa e reluzente.
E o velho elefante
guarda na memória
um tempo distante
chamado Pré-história...
É um sobrevivente
da terra africana;
filho inteligente
da velha savana.
Maria Teresa Maia Gonçalves, in "Ser invulgar".
terça-feira, 7 de junho de 2011
Futuro do livro electrónico
Os desafios no mundo da edição impressa e electrónica e nas novas formas de leitura centrarão os debates do 2º Fórum Mundial da Unesco sobre Culturas e Indústrias Culturais (Focus 2011), que será realizado na cidade italiana de Monza, entre os dias 6 e 8 de junho. Alguns especialistas se reunirão durante 3 dias para debater o tema: 'O livro amanhã: o futuro da palavra escrita'. Entre eles, autores, editores, cientistas, jornalistas, bibliotecários, sociólogos, blogueiros, pesquisadores, políticos e responsáveis econômicos, procedentes de mais de 30 países. Para a Unesco, a importância do livro não está só nos seus envolvimentos emocionais, pedagógicos e culturais, mas também na sua relação directa com as repercussões económicas e comerciais para o sector da edição mundial. Sublinhe-se que Focus 2011 terá três assuntos fundamentais 'A economia do livro digital', os 'Direitos autorais de propriedade intelectual na era digital' e 'A biblioteca digital'.
Tiji: un anúncio que dava um livro infantil!
No início o mundo era a preto e branco
Depois chegaram as cores
Florestas, rios, animais, flores... tudo mudou.Enfim, quase tudo...
O Poema
O poema me levará no tempo
Quando eu já não for eu
E passarei sozinha
Entre as mãos de quem lê
O poema alguém o dirá
Às searas
Sua passagem se confundirá
Como rumor do mar com o passar do vento
O poema habitará
O espaço mais concreto e mais atento
No ar claro nas tardes transparentes
Suas sílabas redondas
(Ó antigas ó longas
Eternas tardes lisas)
Mesmo que eu morra o poema encontrará
Uma praia onde quebrar as suas ondas
E entre quatro paredes densas
De funda e devorada solidão
Alguém seu próprio ser confundirá
Com o poema no tempo.
Sophia de Mello Breyner, in Livro Sexto (1962)
segunda-feira, 6 de junho de 2011
MADREDEUS - Haja o Que Houver
Haja o que houver eu estou aqui
Haja o que houver espero por ti
Volta no vento, ó meu amor!
Volta depressa por favor.
Há quanto tempo já esqueci
Porque fiquei longe de ti
Cada momento é pior
Volta no vento por favor!
Eu sei, eu sei
Quem és para mim
Haja o que houver espero por ti
Fala poesia
Isto de fazer poesia
hoje em dia
é carolice.
Há quem brinque
há quem ria
há quem ache esquisitice.
Mas que querem?
Se os poetas gostam de alinhar
versos e mais versos
e construir universos
de palavras?
Deixem falar os poetas
não se riam!
e vereis o universo
caber na linha dum verso!
Fala poesia!
Vasco Cabral, A luta é a minha Primavera
domingo, 5 de junho de 2011
As palavras
São como um cristal,
as palavras.
Algumas, um punhal,
um incêndio.
Outras,
orvalho apenas.
Secretas vêm, cheias de memória.
Inseguras navegam:
barcos ou beijos,
as águas estremecem.
Desamparadas, inocentes,
leves.
Tecidas são de luz
e são a noite.
E mesmo pálidas
verdes paraísos lembram ainda.
Quem as escuta? Quem
as recolhe, assim,
cruéis, desfeitas,
nas suas conchas puras?
Eugénio de Andrade
sábado, 4 de junho de 2011
Estrelas
O azul do céu precipitou-se na janela. Uma vertigem, com certeza. As estrelas, agora, são focos compactos de luz que a transparência variável das vidraças acumula ou dilata. Não cintilam, porém.
Chamo um astrólogo amigo:
«Então?»
«O céu parou. É o fim do mundo».
Mas outro amigo, o inventor de jogos, diz-me:
«Deixe-o falar. Incline a cabeça para o lado, altere o ângulo de visão».
Sigo o conselho: e as estrelas rebentam num grande fulgor, os revérberos embatem nos caixilhos que lembram a moldura dum desenho infantil.
Carlos de Oliveira, "Sobre o Lado Esquerdo"
sexta-feira, 3 de junho de 2011
Confissão
De um e outro lado do que sou,da luz e da obscuridade,
do ouro e do pó,
ouço pedirem-me que escolha;
e deixe para trás a inquietação,
a dor,
um peso de não sei que ansiedade.
Mas levo comigo tudo
o que recuso. Sinto
colar-se-me às costas
um resto de noite;
e não sei voltar-me
para a frente, onde
amanhece.
Nuno Júdice, in
Meditação sobre ruínas, Ed. Quetzal
do ouro e do pó,
ouço pedirem-me que escolha;
e deixe para trás a inquietação,
a dor,
um peso de não sei que ansiedade.
Mas levo comigo tudo
o que recuso. Sinto
colar-se-me às costas
um resto de noite;
e não sei voltar-me
para a frente, onde
amanhece.
Nuno Júdice, in
Meditação sobre ruínas, Ed. Quetzal
quinta-feira, 2 de junho de 2011
Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades
Belas palavras de Camões pela voz e pelo gesto de Isabela Salim, recolhida em Um Poema por Semana, iniciativa RTP em forma de blog. Serviço público de televisão e de promoção da leitura.
Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança;
Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.
Continuamente vemos novidades,
Diferentes em tudo da esperança;
Do mal ficam as mágoas na lembrança,
E do bem, se algum houve, as saudades.
O tempo cobre o chão de verde manto,
Que já coberto foi de neve fria,
E, em mim, converte em choro o doce canto.
E, afora este mudar-se cada dia,
Outra mudança faz de mor espanto,
Que não se muda já como soía.
Luís de Camões, 1524?-1580
Sonetos de Luís de Camões
escolhidos por Eugénio de Andrade. Ed. Assírio & Alvim
quarta-feira, 1 de junho de 2011
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